segunda-feira, 4 de junho de 2007

CDI-COMITÊ PARA DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMÁTICA JÁ CAPACITA SESSENTA MIL ALUNOS!

Os números impressionam. Sessenta mil alunos estudando em duzentos e oito escolas, distribuídas em trinta cidades brasileiras, além de estar presente no Japão, México, Uruguai e Colômbia. Criado há cinco anos, à partir de um sonho de Rodrigo Baggio, o Comitê para Democratização da Informática, uma organização não-governamental, foi projetada para informatizar e treinar comunidades carentes.
A idéia surgiu em 1993, através de um BBS (boletim on-line) chamado “Jovem Link” que foi criado com o objetivo de promover debates entre, jovens moradores dos morros e favelas com os jovens do "asfalto" do Rio de Janeiro. Contudo, um problema foi detectado: A maior parte dos usuários eram de pessoas com alto poder aquisitivo.
Aparece então o maior desafio: O de fornecer tecnologia às comunidades de baixa renda. Assim, através da realização da campanha “Informática para Todos”, os usuários da “Jovem Link” doaram equipamentos.

Em junho de 1994, através de um estudo de impacto sobre a campanha e o BBS, verificou-se que os computadores disponibilizados não possuíam manutenção, quando quebravam ficavam inutilizados. Nasceu então a idéia de se abrir Escolas de Informática e Cidadania (EIC). A primeira foi inaugurada na favela Santa Marta, em março de 1995.

Nelas aprende-se noções básicas de informática, Windows, Word, Excell, Access, Powerpoint, Internet e manutenção de computadores. Também aborda discussões envolvendo temas como os direitos humanos, sexualidade, não-violência, ecologia e saúde. As comunidades ou ONG`s interessadas em abrir uma EIC, passam pelas seguintes etapas: Devem entrar em contato com o CDI, que solicitará um projeto onde deverá constar seu histórico detalhado. Nessa etapa será avaliada a importância da entidade, para a comunidade onde atua.

Na próxima fase, a entidade recebe uma visita dos técnicos do CDI que irão verificar as instalações, colher informações do local e conhecer os coordenadores da escola. Três integrantes da entidade são indicados para serem capacitados, dois educadores e um para manutenção dos equipamentos. Através dessas pessoas o conhecimento técnico será transmitido para as comunidades de origem. Sendo tudo aprovado, são cedidos 5 computadores e permanente assessoria técnica.

As escolas são auto-sustentáveis, cobrando uma mensalidade média de R$10. Também podem ser financiadas por empresas que investem em marketing social. Até crianças em situação de rua, jovens com deficiência visual e comunidades indígenas foram beneficiadas.


O grande trabalho social do CDI não para de crescer. Atualmente um grupo de trabalho chamado (GT-Web) desenvolve um trabalho de capacitação de jovens na área de desenvolvimento de web-sites, criação e análise estratégica de banco de dados, programação em HTML e utilização de ferramentas profissionais como Photoshop, Dreamweaver e Home-Site.

Em janeiro de 1999, foi criada uma EIC na Penitenciária Lemos de Brito; em maio de 2000 foi a vez do Instituto Philippe Pinel, que presta serviço psiquiátrico. O programa é pioneiro na América Latina e tem o objetivo de reintegrar os pacientes à sociedade através da informática.
Os interessados em conhecer melhor o trabalho do CDI devem clicar no atalho para o site, que está no link parceiros, na página da ANF.

Daniel Pina - (daniel@anf.org.br)

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